sábado, 18 de dezembro de 2010

Nova lei sobre o bullying

No dia 28 de junho de 2010 foi publicada uma nova lei nº 13.474, no estado do Rio Grande do Sul com intuito de prevê políticas públicas contra o bullying e o cyberbullying nas escolas. O objetivo da lei é reduzir a prática de violência dentro e fora das instituições, melhorar o desempenho dos alunos que são agredidos, promover a cidadania e o respeito aos demais; e identificar, em cada instituição, a incidência e a natureza das práticas de bullying. Para isso, planos locais serão desenvolvidos para a prevenção e o combate às práticas de bullying com capacitação de docentes e equipes pedagógicas para diagnosticar este tipo de comportamento.
As vítimas de bullying e seus familiares terão direito a orientação, apoio técnico e psicológico, para que seja garantida a recuperação da autoestima das vítimas e a minimização dos eventuais prejuízos em seu desenvolvimento escolar. As ocorrências de bullying serão registradas em histórico mantido atualizado. A lei tem caráter educacional e não prevê punições aos estudantes.  http://www.al.rs.gov.br/Legis/Arquivos/13.474.pdf

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI4537924-EI8266,00-RS+governadora+sanciona+lei+que+combate+bullying+em+escolas.html acesso 05/12/2010
Ana Beatriz Barbosa Silva, psiquiatra, fala sobre o seu livro, Bullying: Mentes perigosas nas escolas.

Bullying, e agora professor?

    O bullying tem se tornado mais freqüente nas escolas. Implicância, discriminação, agressões físicas e verbais se tornaram mais corriqueiros. Recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E – mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. A situação se torna mais grave quando a vitima é uma criança ou um jovem com algum tipo de deficiência física ou emocional para lidar com agressões.
    Diante dessa problemática, qual é a função da escola? Colocar em prática ações pedagógicas para que possa reverter esse quadro é uma função de toda a escola. Não se trata de estabelecer vítimas e culpados. Isso só reforça uma situação polarizada e não ajuda em nada a resolução dos conflitos. Melhor do que apenas culpar um aluno e vitimizar o outro o melhor é desatar os nós da tensão por meio do dialogo que deve extrapolar os limites da sala de aula, pois a violência moral nem sempre fica restrita a ela. Segundo Samara Oliboni, psicóloga e autora da tese de mestrado sobre bullying, "é preciso pensar a questão de forma integrada".


Qual atitude o professor deve tomar ao perceber que seu aluno está sendo alvo de bullying?
Apenas o professor conseguirá efetivar a mudança necessária ao combate do bullying na escola?